domingo, 5 de outubro de 2014

    ATENÇÃO PLENA E NÓS
Existe um conceito na psicologia derivado do budismo chamado MINDFULNESS. A tradução usual para o português tem sido “Atenção plena”. Atenção plena significa a atenção momento a momento ao que se apresenta tanto internamente, como pensamentos, intenções e sentimentos como externamente, como pessoas, comentários e sons. Trata-se da nossa capacidade de estar no presente atentamente. Treinar nossa mente para a atenção plena é essencialmente despertar em nós nossa capacidade de estar atento, focado, concentrado ao que se apresenta.
Pesquisas nessa linha apontam que pessoas com maior índice de atenção plena são mais propensas a tomar decisões mais éticas. Como a atenção plena aumenta nossa capacidade de estar atento ao que se apresenta, nosso autoconhecimento aumenta (por meio da observação cuidadosa de nossos pensamentos, sentimentos e intenções), assim como nossa capacidade de perceber as coisas a nossa volta, incluindo pessoas e as implicações de nossos atos para a sociedade.
Assim, quanto maior for nossa capacidade de mindfulness (atenção plena), maior seria nossa dificuldade em justificar comportamentos inadequados, antiéticos, egoístas ou infantis.
As pesquisas nessa linha apontam que pessoas com mais mindfulness apresentam, entre outras características:
1. Maior propensão a tomar decisões éticas;
2. Aumento no autoconhecimento;
3. Menos julgamento em relação aos outros;
4. Maior empatia e gratidão;
5. Melhora em níveis de bem estar.
Como desenvolver a Atenção Plena?
A prática passa pela meditação, mas não qualquer meditação. A prática da meditação da atenção plena tal como estudada e cientificamente comprovada pelos principais centros de estudos psicológicos e neurológicos do mundo passa pela linha de prática budista – e muitos destes cientistas são praticantes religiosos, é importante frisar - na qual segue 5 passos:
1. Sente-se ou fique em uma posição confortável. Feche os olhos se preferir.
2. Foque sua atenção na respiração. No entrar e sair do ar. Pensamentos vão surgir. Sensações vão surgir. Barulhos vão surgir. Não há problema, é natural. Não se julgue mal por isso.
3. Observe o que surgir e desapegue. Gentilmente volte sua atenção à respiração.
Meditar é o ato de estar presente. É um mergulho em si e no momento. Não durma, pois isso é divagar e sair do presente. Caso durma, não se julgue. Estamos todos aprendendo a lidar com nossa mente.
Falar que meditação não é para si é apenas uma desculpa que nos mantem na zona de conforto.
Atenção Plena tem ampla conexão com o contemplar cristão, com o exame de consciência e com o respeito ao próximo e a si mesmo.
Boa prática a todos. Quanto maior a tenção plena, mais correto nosso caminhar, nossas escolhas na política, nos relacionamentos, no trabalho, na vida.
        

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