O principal problema para nós são as emoções aflitivas ou negativas, que residem em nosso fluxo mental. Como nossa ganância e fixação. Nosso apego é um grande problema para nós porque nos faz prender e agarrar, e temer a perda. Nós tendemos a solidificar tudo e desejar que as coisas permaneçam como estão que as pessoas permaneçam como estão que tudo fique como está… se é agradável para nós, pelo menos, que isso se mantenha para sempre e, é claro, tudo está mudando, tudo é impermanente. De modo que o nosso próprio apego cria um estresse porque em nossos corações sabemos que não podemos segurar para sempre.
Portanto não são os objetos, não são as relações, não são as posses… esses não são o problema. O problema é sempre o nosso apego e fixação a essas coisas, é isso que causa os problemas. (…)
É um consenso em todas as tradições que nós precisamos nos tornar mais conscientes da nossa mente, “o que está acontecendo lá?”, de tal modo que, quando emoções negativas surgirem (ganância, raiva, orgulho, inveja) nós saibamos. Na verdade, o jeito mais rápido de lidar com nossas emoções negativas que nos causam tanta dor, causam tanta dor para nós e tanta dor para os outros… o jeito mais rápido, sem contar o uso de antídotos, o jeito mais rápido é apenas reconhecer. “Agora, agora mesmo estou com raiva. A raiva surgiu”. E então decidir o que fazer. Podemos alimentar a raiva, podemos aplicar um antídoto, como a paciência, ou podemos simplesmente deixá-la ir. (…)
Nós precisamos pegar as coisas bem no começo, antes de falarmos, antes de atuarmos, qual a nossa intenção genuína? E se a intenção, se formos honestos, se a intenção estiver misturada com raiva, irritação, ou ganância, ou desejos, desejos negativos ou com inveja, ou com qualquer outra inflação do ego, etc, nos podemos capturá-la! E dizer: “Não, isso é intenção negativa. Intenções negativas levam a falas negativas e ações negativas”. É muito simples.
O problema normalmente é que somos levados pela correnteza dos nossos pensamentos e agimos e falamos antes mesmo de estarmos conscientes do porquê de estarmos fazendo isso. Assim, essa habilidade de manter-se um passo atrás e olhar o que realmente está acontecendo antes de nos precipitarmos em falar ou fazer e, assim, tentar manter nossas intenções amáveis. Seria um mundo muito diferente do que conhecemos se as pessoas fossem simplesmente mais amáveis.”
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