É muito comum ouvir que sem a infelicidade e a dor, não crescemos psicológica e espiritualmente. Devemos tomar cuidado com tais afirmações, que geram muitos danos – na maioria das vezes difíceis de reparar. É preciso ter uma compreensão mais apurada para não cair nas armadilhas sustentadas pelo ser imagiário (nosso ego o e alheio).
O ego negativo tenta mostrar que o sofrimento é meio eficaz de redenção, de libertação e, até mesmo, de evolução. Não concordo! A esta idéia (um falso paradigma) denomino “Complexo de Infelicidade”.
O Ser Imaginário só conhece a dualidade. Vive nesse constante ciclo de dor e prazer. Ele é o único responsável pelo “complexo de infelicidade”. Ele desconhece a verdadeira face de uma existência, que é livre da dor.
Não existe como a imperfeição (a dor) levar à perfeição! Acredito que a perfeição só se manifesta quando abandonamos esta pervertida idéia de que só evoluímos através da dor.
Na verdade, evoluir significa despertar para todo o potencial humano que já existe pronto para ser experimentado, desfrutado. Este despertar só é possível quando estamos ajustados ao Ser em nós. E este ajustamento ocorre quando saímos da possessão do ego e passamos a expressar a Vontade do Ser – que vive no estado de plena felicidade, no eterno agora.
O Ser Natural não tem duas Vontades – uma boa e outra ruim. Isso ocorre com o Ser Imaginário que se nutre da conhecida lei do carma (teias mentais da ilusão). O carma sempre encontra uma causa imaginária (boa ou ruim) que gera um efeito (prazeroso ou doloroso), também imaginário. Tudo isso é pura ilusão sustentada por um ego que só existe devido a um pseudo-poder chamando Livre Arbítrio.
Podemos escolher ser o que Somos (o Ser Natural) ou continuarmos a projetar ilusões, “gerando” uma Realidade Imaginária, na qual se cultiva a dor.
Quando nos sintonizamos ao Ser Natural nos redescobrimos como criações perfeitas. Assim sendo, descobrimos a real felicidade.
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